O evento patrocinado em parte pelo Superyacht Group resultou em um estudo do que seria “The ultimate superyacht facility”, ou
como seria a Marina ideal para receber barcos de grande porte. Ao contrario do
que acontece em nossas águas, lá cerca de trinta e três comandantes de Super e
Mega Iates, foram convidados a participar desta atividade, resultando numa
lista de 50 “facilidades” que eles consideram como as mais importantes. Abaixo,
relaciono e adapto as propostas feitas por eles:
1.
Proximidade de um distrito de negocios, o que em
tradução livre seria: próximo do Centro. Eles consideram que os barcos devam
ficar próximos de areas comerciais, com shopping centers, hoteis, restaurantes,
cassinos e outras opções de lazer e entretenimento;
2.
Proximidade de opções de lazer noturno para
passageiros e tripulantes, como cinemas, teatros, bares e até academias de
ginastica;
3.
Aeroporto Internacional não muito distante, a
fim de receber passageiros e efetuar troca de tripulantes, lembrando que a maioria
destes barcos se destina a atividade comercial do charter, algo ainda distante
de nossa realidade;
4.
Heliponto e Heliporto, onde não haja apenas o
acesso, mas também um mínimo de apoio de manutenção;
5.
Hotel 5 Estrelas, a fim de dar suporte e
hospedagem aos proprietarios, convidados e/ou passageiros;
6.
Hospedagem acessível para tripulantes e
prestadores de serviço, que venham realizar serviços a bordo;
7.
Serviços de apoio, como internet de banda-larga,
TV, concierge, café, bar e restaurante para a tripulação, assim como apoio de
terra para manobra 24horas, os sete dias da semana (24X7);
8.
Facilidades para tripulantes, como bar,
banheiros, chuveiros, academia e outros, nas proximidades da marina;
9.
Acesso facil, sem pontes e outros pontos que
interrompam ou dificultem o acesso, como balizamento luminoso, por exemplo;
10.
Quebra-mar na dimensão necessária a fim de
proteger os barcos;
11.
Calado, pois uma marina não pode ter restrição
de acesso, devido à profundidade;
12.
Calado interno de, pasme, sete metros na piscina
interna! Grandes veleiros precisam entrar, manobrar e sair a qualquer momento,
inclusive em caso de incêndio;
13.
Area de manora satisfatória, que permita aos
barcos realizarem o giro internamente;
14.
Proteção contra marolas e marulhos, causados por
movimentação de barcos, ventos, ressacas e outras perturbações;
15.
Posicionamento correto das estruturas de apoio,
levando em consideração o vento predominante, e a produção de sujeira e ruidos
ao redor;
16.
Escritorio da Alfandega e outras formalidades na
Marina;
17.
Proximidade de Supermercados ou Mercearias,
Padarias e Quitandas;
18.
Acesso a transporte público;
19.
Restrição de acesso ao público, com segurança e
vigilância permanentes;
ESTRUTURA DA MARINA
20.
Flutuantes altos e largos, que permitam duas
mãos para os carrinhos de golf, utilizados como apoio e que sejam altos o
bastante para não expulsar as defensas, além de ser estaveis, como se fossem
cais fixos;
21.
Flutuantes preferencilmante estaqueados, para
aumentar a segurança;
22.
Cabeços e cunhos fixados com parafusos passantes;
23.
Doca para botes de apoio, que recebam os barcos e
passageiros em segurança;
24.
Cunhos bem posicionados ao longo do cais;
25.
Cais de acesso laterais, que permitam acesso a
terra via escada de portaló;
26.
Acesso seguro a tripulantes, proprietarios,
convidados, passageiros e fornecedores de serviços, as 24 horas do dia os sete
dias da semana;
27.
Carros de Golf para apoio, cujo uso seja
liberado aos tripulantes e passageiros;
28.
Acesso e Estacionamento amplo para tripulantes e
passageiros;
29.
Acesso e Estacionamento próximo do barco para
proprietarios e convidados;
30.
Energia farta e estável para todos os barcos
atracados em plena carga. Eles pedem que sejam fornecidos 440VAC – 150 amp como
o mínimo para uma grande marina. Possibilidade de cicladores para fornecer 50
ou 60 Hz, seria o ideal;
31.
Bote de Apoio, que tenha a potência necessária a
auxiliar nas manobras, e até rebocar os barcos em seu interior;
32.
Facilidade para bombeamento das chamadas aguas
negras, seria o correto;
33.
Cais de Abastecimento; seguro e bem posicionado.
Eles aconselharam que o fornecimento não seja feito diretamente na vaga do
barco, pois tras odores de combustível, além do risco de incêndio;
SERVIÇOS E REFORMAS
34.
Uma plataforma do tipo syncrolift com 1.500 toneladas de capacidade;
35.
Travelift
para barcos menores, digamos umas 350 toneladas;
36.
Bancadas de trabalho proximas ao barco, para
realizar pequenas manutenções;
37.
Facilidade para realizar reformas com o barco na
água, a fim de reduzir o custo de docagem, quando não houver esta necessidade;
38.
Galpões para manutenção em area coberta e
fechada;
39.
Docagem em areas adequadas, com fornecimento de
energia;
40.
Area para manutenção e reparo de botes e
motos-aquaticas;
41.
Area para instalação de conteiners de carga, a
fim de receber grandes veleiros durante a escala de regatas;
42.
Area para estocagem de tintas, gasolina,
solventes e outros produtos perigosos;
43.
Guindaste para retirada e colocação de cargas, pesos
e mastros;
44.
Area de manutenção vigiada e com controle de
acesso;
45.
Area de manobra para caminhões e outros veículos
de carga especial;
46.
Programa de reciclagem de lixo e facilidade para
descarte de óleo queimado;
47.
Equipamentos de combate a incêndio;
48.
Escritorios de apoio para o comandantes, com
mesas, internet, telefone e outros serviços, para que sejam utilizados quando o
barco estiver a seco;
49.
Oficinas e escritorios de prestadores de serviço;
50.
Lojas de material e equipamentos náuticos.
Evidentemente, vários dos itens listados acima estão a milhas e milhas do que imaginamos como básico, necessário e indispensável em nossas marinas, onde uma simples tomada de energia com meros 50 amp são ainda um sonho.
Se tiver alguma sugestão, faça através do espaço para comentarios deste Blog.
Bons Ventos!