sexta-feira, 27 de abril de 2012

ESTUDO DE PROPOSTA DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS DE IATISTAS


Algum tempo atras, reunimos alguns comandantes de Iates, e desenvolvemos este projeto, voltado a legalização das atividades dos comandantes e tripulantes dos Iates Particulares no Brasil. Sabemos que o mercado deverá evoluir, e que dentro de muto pouco tempo, iates estarão sendo utilizados para atividades comerciais, e que nossa legislação não atende ou reconhece esta realidade, que existe em quase todos os paises desenvolvidos no mundo.

A proposta abaixo já chegou muito próxima da DPC, mas até agora sem sucesso, pois uma certa parcela dos proprietarios de barcos e estaleiros, preferem que o sub-emprego continue como regra geral.

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7º GRUPO: AQUAVIÁRIOS DE ESPORTE E RECREIO



Considerando que atualmente as especialidades de Esporte e Recreio em Vela e Motor são desempenhadas baseadas no conhecimento técnico de cada profissional, conseguido geralmente através de aprendizado prático, e muitas vezes sem suporte acadêmico de cursos profissionais que, em geral, são escassos;


Considerando que pela análise da situação corrente, acreditasse que ainda não convém uma separação em Seções e Especialidades, mas isto provavelmente virá de maneira natural, como, por exemplo, o caso de profissionais de Máquinas, que são raros nas embarcações de Esporte e Recreio, com registro brasileiro, exceção feita para as novas embarcações de comprimento total superior a 24 metros;



Considerando que o conhecimento de Marinharia Básica, chamado neste documento de Marinheiro Iatista, ou Marinheiro Auxiliar Iatista, pode vir a complementar os conhecimentos de mecânicos profissionais que viessem a desempenhar esta função, assim como os Chefes de Cozinha, Camareiros e outros profissionais;



Considerando que por ora não se faz necessário um Rol de Equipagem na Categoria de Esporte e Recreio, mas somente a dotação mínima, baseada nas categorias inicialmente sugeridas abaixo, que levarão em consideração o tipo de navegação, a tonelagem e o comprimento da embarcação. Em princípio, o Comandante da embarcação definiria os postos e funções necessários, efetuando o embarque da dotação que achar conveniente; e



Considerando que as embarcações de Esporte e Recreio são de uso privativo, e possuem cada qual, características próprias de arranjo e acabamento, não se faz necessária a definição de uniformes para este Grupo, sendo de livre escolha dos Proprietários.



É feita a seguinte proposta preliminar das seguintes Categorias abaixo discriminadas:


Categorias do 7º Grupo Aquaviários de Esporte e Recreio:


1.         Capitão Iatista Oceânico                     CIO


2.         Capitão Iatista                                     CIA


3.         Mestre Iatista Costeiro                        MIC


4.         Marinheiro (Auxiliar) Iatista               MAI


4. Marinheiro (Auxiliar) Iatista – MAI


Desempenharia a função de Comando de Embarcações de Esporte e Recreio, em águas interiores e baías de Iates de até 12 m. LOA, ou


Função auxiliar (ajudante) em embarcações maiores que estas, incluindo manobra de embarcações miúdas como bote e moto-aquática.


As demais funções exercidas à bordo poderiam ser definidas como:


Marinheiro Iatista de Convés, de Máquinas, Cozinheiro ou Camareiro, pois a todos seria exigida a mesma formação básica.


Idade mínima de 16 anos, com ensino fundamental completo.


Formação:


  • BST (STCW)
  • Prova de conhecimentos baseada nos parâmetros pedidos aos candidatos à Prova de Arrais Amador
  • Prova de Suficiência física (permanência).



3. Mestre Iatista Costeiro – MIC


Autorizado a Comandar Iates em águas interiores e baías de até 24 m. LOA, ou


Águas Costeiras, no limite das 20MN, com até 24 m LOA.


Idade mínima 21 anos


Formação:


  • 3 anos de tempo de embarque na categoria MAI, ou Somatório de Milhas Navegadas a ser definido.
  • radio-operador restrito
  • Primeiros Socorros Básico
  • Prova de conhecimentos baseada no Programa da Prova de Mestre Amador adicionado de Meteorologia, Navegação Eletrônica e outras destinadas a atividades profissionais, além de todos os certificados da categoria anterior.
  • Prova de Suficiência física + (permanência).


2. Capitão Iatista – CIA


Autorizado a comandar Iates em águas internacionais com até 24 m de LOA ou 200 TAB e em águas nacionais embarcações de Esporte e Recreio, sem limite de tonelagem. Receberia um Certificado Internacional de Competência.


Formação:


  • Proficiência em Primeiros Socorros Médicos + Operador Gerar em GMDSS (GOG) + Noções de Língua Estrangeira + Combate a Incêndio Avançado (AFF) e todos os certificados das categorias anteriores. Sendo necessário três anos de embarque como MIC ou comprovação de 10 mil milhas navegadas.
  • Prova de conhecimentos equivalente ao Programa da Prova de Capitão Amador, revisado e direcionado a atividade profissional
  • Secundário completo
  • Prova de Suficiência física (permanência).


1. Capitão Iatista Oceânico - CIO


Autorizado a comandar embarcações de Esporte e Recreio, em águas internacionais acima dos 24 m de LOA, portanto sem limite de tonelagem bruta.


Receberia um Certificado Internacional de Competência.


Não haveria exame a esta categoria, apenas Prova de Títulos que deveria pedir os seguintes certificados equivalentes: Estabilidade + Suporte de Vida + Noções de Língua Inglesa + Simulador radar e todos os das categorias anteriores. Sendo necessários 2 anos de embarque como CIA (ou 20 mil milhas navegadas) e Prova de Suficiência física (permanência).



Migração de Categorias:


A migração da categoria Amador para o 7º Grupo de Aquaviários de Esporte e Recreio não poderia ser feita de forma automática, pois não se trata de categoria profissional.


Os interessados em cambar deveriam prestar o Exame respectivo a sua atividade, apresentando os certificados necessários e ainda Prova de Tempo de Embarque, baseada em Declaração dos Proprietários das embarcações, ou três testemunhas isentas, utilizando documentação complementar como comprovantes de salário, Carteira Nacional de Trabalho, declaração de Iate Clubes e Marinas, entre outros.


Esta migração seria por tempo determinado, cerca de dois anos, para as pessoas que já atuam na área.



Os aquaviários de Esporte e Recreio portariam uma CIR e ainda um Livreto de Registro de Milhas Navegadas, onde seria feito o registro de viagens oceânicas. As duas categorias de Capitão receberiam um Certificado Internacional de Competência.



Os portadores da categoria de MAC – Marinheiro Auxiliar de Convés poderiam sim, cambar para a categoria de MAI – Marinheiro (Auxiliar) Iatista, pois se tratam de duas categorias profissionais. Outros profissionais dos diversos Grupos Aquaviários, assim como pessoal da Reserva da MB, teriam as regras e equivalências definidas.



Os cursos e certificações seriam fornecidos por Escolas homologadas pela MB e obedecendo as normas e parâmetros STCW.


Finais:




Visamos aqui justificar a importância da Normatização desta categoria, formada por algumas dezenas de milhares de "marinheiros", que diariamente trabalham em embarcações de Esporte e Recreio, ao longo de nossa costa e águas interiores. Esta proposta espera criar condições para a melhora da qualidade desta mão de obra e dos serviços prestados, equiparando a mesma ao que há de melhor em termos de iatismo mundial, dando-lhes assim o tardio, porém devido reconhecimento.

Se uma proposta "caseira" não for aceita, aconselhamos às nossas Autoridades, que verifiquem as legislações Europeia e Norte Americana, pois lá o nosso futuro já chegou, e estes problemas já foram resolvidos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

17 Décimo-Sétimo dia (23/02)

Logo cedo, suspendemos a âncora e navegamos rumo a Sub-sede do Iate Clube de Santa Catarina, em Jurerê, cerca de quatro milhas a Sudeste de onde estavamos. Ao chegarmos, fiz o procedimento de entrada do barco, que por ser afiliado do ICRJ, tornou tudo mais simples. Com isto, nosso acesso estava liberado, e o veículo que iria levar nosso pessoal para um passeio poderia entrar, sem problema.

A aguardada Frente Fria entrou, porém com muito pouca força e nenhuma chuva, felizmente. Como o Sudoeste naquela área, sopra de terra, o mar não chega a levantar, e o risco não é dos maiores, o problema é o marulho que vem do mar aberto, que nos deixa balançando o tempo todo, já que permanecemos atravessados pelo vento.
O almoço em terra foi em um local que merecia até um capitulo à parte, o Restaurante Ostradamus, no Sul da Ilha. A historia do local, que nasceu de uma oficina de pintura de automoveis, e se transformou em um marco da cozinha e das tradições açorianas na Ilha, merece todo o destaque. Fora isto, o ambiente, os cuidados com a depuração de suas ostras, o vigor e o tamanho de seus camarões, peixes graúdos e suculentos e um surpreendente polvo de doze tentaculos! Sim, um octopus de doze tentáculos, o prato do Polvo da Andrea veio montado com uma duzia de tenros e saborosos tentáculos, lindamente caramelizados (para usar uma expressão bem foodie). Por fim, no Tens Tempo, a doçaria portuguesa, que fica na casa em frente, arrematou de vez o título de nossa melhor escala gastronômica!

O passeio incluiu alguns dos mais lindos panoramas da ilha e ainda uma passagem pelo Mercado Municipal, e como se fossemos seguidores do Anthony Bourdain, houve uma parada no Box 32, para um bolinho de bacalhau...

Florianópolis é tudo de bom!




16 Décimo-Sexto dia (22/02)

O forte vento de Nordeste do dia anterior, deu lugar a um Noroeste irregular e fraco durante toda a manhã, o barômetro havia caido de 1018 para 1012 mb e boa coisa não poderia ser. A previsão do tempo, obtida e cruzada de várias fontes pela via internet, anunciavam uma frente fria com muita chuva para as próximas 24 horas.

Passamos o dia na Armação, torcendo para que o tempo se mantivesse bom.
Ocorreu um verdadeiro desastre na cozinha! Das quatro picanhas maturadas uruguaias que trouxemos, apenas uma estava em condições de consumo, o que não seria suficiente para todos. Por coincidência, naquela mesma manhã, encostou um bote em nossa popa, e um senhor muito simpático sacou de uns camarões pistola, realmente grandes e ainda vivos, que pretendia nos servir em seu restaurante, o que acabou de fato acontecendo.

Foram todos almoçar no Restaurante do Tonho, salvos pelo Tonho, digo gongo!

Na janta, recuperamos a moral com uma bela mesa de queijos e vinhos, onde não faltou um folheado de brie e damasco.
Passamos a noite, de olho na tal da frente, que felizmente não entrou.

terça-feira, 10 de abril de 2012

15 DecimoQuinto dia (21/02)

Após uma noite, literalmente, balançando na ponta de uma corrente, suspendemos a seguimos para nossa próxima escala, a apenas uma hora de navegação.

Fundeamos as 11h00 na Enseada da Armação, forrada de barcos grandes e muito agito em terra. Assim que chegamos, nossos passageiros tentaram conhecer uma das criações de mexilhão ao nosso redor, mas não havia ninguém na manutenção, devido ao horario.

Vou poupar o leitor, de nosso cardapio deste dia, posso dizer apenas que foi de origem espanhola, e servido num tipo de panela baixo e largo...

O vento, mais uma vez se fez presente, aumentando de 10 para quase 30 nós durante o dia, e mantendo um bom folego a noite toda.

Como ceia, servimos um singelo bolo de fubá, pois a reclamação com o ganho de peso era geral!


14 Décimo-Quarto dia (20/02)

Segunda de Carnaval.

O vento parou durante a noite, deixando o barco bambo, atravessando nas vagas que entravam pela pequena enseada... balançamos um bocado.
Pela manhã, com o céu bastante carregado, deixamos os Zimbros, em direção a outra enseada mais ao Sul, os Ganchos, fundeando em frente à sub-sede do Iate Clube de Caiobá. O fundo, na faixa dos cinco metros possui excelente tensa, o que é quase uma regra naquela região. Assim mesmo, preferi lançar 25 metros de corrente, pois o vento Nordeste dos dias anteriores poderia voltar, e o local é mais aberto para este quadrante.

Mais uma vez, nosso barco de apoio, saiu para um passeio nas imediações, retornado algumas horas depois para o almoço.

Servimos uma entrada de peras com um queijo local, que desconheciamos, o do tipo Koch, que misturado a outro, do tipo gorganzola, resultou numa boa entrada. O prato principal foram medalhões de filet mignon, com purê de batatas e vagem cozida no vapor.

Mais tarde, com noite avançada, servimos duas foccacias, com coberturas diversas, para valer como Ceia.

13 Décimo-Terceiro (19/02)

Os passageiros sairam para passear no V&R, e na volta encontraram ostras frescas, e um almoço à base de mexilhões, coletados algumas horas antes.

Fizemos uma salada com rúcula, figos, presunto tipo parma, lascas de parmesão e balsâmico de cerejas. O prato principal foi o tradicional espaguete a molho de mexilhões e tomates, acompanhado de mexilhões estufados a moda da Calabria, gratinados ao forno. De sobremesa: torta gelada de mouse de chocolate.
O vento aumentou durante o dia, mas não chegou a atrapalhar, nem a nós e nem ao enorme número de barcos, caiaques, jets, lanchas, veleiros, botes e tantos outros barcos que vinham passar ao nosso redor, visto que é um tipo e tamanho de barco ainda não muito comum na area.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

12 Décimo-Segundo (18/02/12)

Rumo a Desterro

Acertei os valores devidos na secretaria do clube, e me despedi de algumas pessoas, velhas conhecidas que trabalham na área.
Infelizmente, o tempo demorou a limpar, e choveu em pancadas até perto das 11h00, quando largamos os cabos e seguimos viagem, rumo as bandas de Florianópolis.

Pretendiamos dar uma parada em Bombas e Bombinhas, mas o vento de Nordeste, mais fresco do que o desejado fez com que seguissemos diretamente a praia de Zimbros. Devido à intensidade e direção do vento, acabamos fundeando na parte Norte da praia, próximo a uma criação de ostras e mexilhões.
Sábado de Carnaval, nada melhor que uma feijoada completa no almoço, por consequência, a janta foi apenas de chá com torradas.

O vento foi crescendo, ultrapassando os 25 nós nas rajadas, e com nosso cabeceio vieram os trancos na amarra, com seguidos trancos à proa, como é normal nestas circunstâncias.
Pretendiamos manter nossos tanques de água bem cheios, mas a imensa quantidade de pequenas águas-vivas entupiu seguidamente os filtros de nosso dessalinizador. Com treze pessoas a bordo o consumo era grande, e mantivemos a atenção sobre a produção, ou teríamos de retornar a Porto Belo, caso a água doce viesse a faltar, algo totalmente indesejado.

Registramos nesta rápida estadia, a única avaria mais grave de nossa viagem, uma das baterias de alimentação dos equipamentos eletrônicos do comando, explodiu, emanando aquele cheiro de acido sulfurico pelo barco, felizmente não houve sequelas, e nosso Chemaq isolou a fiação, sem perdas operacionais.
O vento seguiu pelo dia todo, caindo no meio da noite, mas não de todo.

domingo, 1 de abril de 2012

Barcos de Três Digitos

A primeira vez que ouvi esta expressão, confesso que levei alguns minutos para processa-la, mas com o seguir da conversa, foi facil e ao mesmo tempo desconcertante. Barcos com mais de 99 pés, entram nesta categoria, a tal dos “Três Digitos”, ou Super e Mega Yachts, categoria em que o Brasil praticamente não participa.

Décadas atras tive a oportunidade de comandar um barco de 137 pés, o Juruena, um navio Varredor-de-Minas construido nos EUA durante a Segunda-Guerra, e que foi vendido para a Marinha do Brasil, e utilizado por ela como tal, até seu leilão nos anos 1970. Já transformado em iate, e veterano de uma viagem ao Alto-Amazonas, estava fundeado na Enseada de Botafogo, no Rio de Janeiro, quando cheguei a bordo com seu proprietario e fui apresentado a sua numerosa tripulação. O problema é que aquelas pobres almas não conheciam a expressão: manobra de atracação, pois o barco jazia sob sua âncora fazia meses, e a tripulação colhia agua da chuva no convés do heliponto, e a direcionava para os tanques, ou então coletava água de uma pequena bica, no quadrado da Urca, e a utilizava para todas as necessidades de bordo.

Após meu embarque, começamos a procurar uma vaga, onde o barco pudesse amarrar em segurança, pois as poitas do Guarujá, em frente ao Iate Clube de Santos, estavam para ser retiradas devido a dragagem que deu origem as chamadas “Malvinas”, a marina do outro lado do canal em frente ao Clube. Na época, tentei negociar com o Bracuhy, mas nosso barco ocupava o espaço de um flutuante inteiro, com duzias de barcos menores. Ao entrar lá, eu tinha de largar duas âncoras a 45 graus da proa, uma outra pela popa no meio do canal, e ainda amarrar nas arvores e postes de luz, proximos ao antigo posto de abastecimento. Na Marina da Gloria, onde conseguimos ficar por algum tempo, a situação não era tão melhor, pois tivemos de contratar um mergulhador, que resgatou uma espia de navio, amarrada a três grandes poitas perdidas no fundo de lama, e chamada carinhosamente de “Giboia” e ainda amarrar nas pedras do enrocamento e lançar nossas duas pequenas âncoras naquele fundo movediço. O barco então conseguiu uma bica da preciosa água e também uma precaria tomada de energia, que mal aguentava nossas geladeiras e bombas.

Passados os anos, pergunto ao leitor onde encostar um barco destas dimensões? Se já teve oportunidade de navegar por nosso imenso e inóspito litoral, saberá que passado tanto tempo, quase não existem opções de atracação para grandes barcos. As existentes de localizam entre o Rio e o Guarujá, algumas perdidas pelo Sul, notadamente em Santa Catarina, e uma ou outra na Bahia e no Ceará. Parece pouco, e realmente é, pois a maioria delas até tem espaço para barcos grandes, mas seu cunhos de amarração são pequenos, a estrutura de suspentação dos fingers são extremamente fracas, e o fornecimento de água é fraco, sem falar no de energia que raramente atende as necessidades de grandes barcos.

No exterior, onde o fluxo de embarcações deste tipo é muito maior, o normal é contarmos com duas tomadas de energia, uma para o serviço geral do barco e outra apenas para o sistema de ar condicionado, o que não raramente utiliza duas tomadas de 50 Amp, no Brasil quando encontramos uma de 25 Amp já é milagre!

Portanto, se pretende adquirir um barco desta categoria, procure antes uma boa vaga: que tenha proteção para seu barco, que permita que ele entre e saia a qualquer momento (sem depender de maré), que não corra riscos quando estiver atracado, quer seja pelo mar e pelo vento, quer seja pela vizinhança; que possa ser lavado com água limpa e a qualquer hora (pois durante o dia, algumas marinas ficam sem pressão na rede de água, e outras quando chove, servem um liquido parecido com chá); que possuam uma rede de energia elétrica com a capacidade que lhe será necessária e que o KWA não seja cobrado a preços europeus.

Bem sabemos que os desafios são grandes, para quem se aventura a ser proprietario de um Super ou Mega-Yacht, mas os prazeres e compensações tem igual sabor de sucesso, e o sentimento que somente os grandes vencedores podem experimentar.

Boa Navegação!

Estadia em Porto Belo

Décimo-dia, 16/02/12

Amanheceu com uma chuva rápida, que por volta das 10h00 deu lugar a um belo dia de sol.
Faxina, faxina e mais faxina. Aproveitamos que os passageiros se ausentaram para um longo passeio na região, e lavamos e aspiramos de proa a popa, visto que o barco não levava um bom banho de água doce e shampoo, desde Angra.

Com os tanques cheios de água e com suprimento garantido, a maquina de lavar passou o dia trabalhando, para colocar tudo em ordem, antes de mais uma semana de viagem.
Visto que as geladeiras esvaziaram, saimos para fazer compras, colocando de volta tudo o que havia acabado, ou seja, quase tudo!

Como durante o dia, almoçaram fora, de noite preparamos uma foccacia tradicional, com um torteloni italiano recheado de mozzarela de bufala ao molho pesto, e uma torta de maçã quente, com sorvete para sobremesa.

11 Decimo-primeiro dia (17/02)
O dia começou como os anteriores, uma pancada rápida de chuva e, depois sol de rachar!

Passaram o dia no V&R, fundeados na Caixa D’aço, uma enseada próxima e muito movimentada.
O almoço foi a bordo: duas garoupas frescas, assadas com tomilho, farofa de abacaxi e arroz. A sobremesa foi torta de queijo com goiabada quente e cremosa.