quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Perigosa Troca de Fluidos!

Dizem que nos beijos e no sexo, acontece uma importante troca de fluidos, porém o que se vê nas águas de Angra dos Reis, não é sexo, e muito menos é seguro! Para quem me seguiu até aqui, pensando em sacanagem, acertou. Porém o tipo é outro, a Petrobras, a “nossa” Petrobras, esta realizando transbordo de petroleo, dentro da Baia da Ilha Grande, a menos de uma milha (1.852 metros) da Ponta do Pilão, que marca a entrada de uma das mais bonitas enseadas da região, a do Sitio Forte, com uma duzia de belas praias, alguns bons restaurantes e pousadas, várias comunidades de pescadores e uma pequena produção aquicola, além de uma fauna rica, até mesmo em tartarugas marinhas.

Próximo do Reveillon 2012, a garoa fina escondia dois navios enormes, o Torm Venture de 230 metros de comprimento e 14 metros de calado, e o italiano Mare Picenum. Eles estavam amarrados, bordo a bordo, seguros pela mesma âncora e distantes de qualquer apoio de terra ou rebocadores de apoio, que tivessem condição de separá-los em caso de acidente, tipo um incêndio. Entre eles, além dos cabos de amarração, um mangote por onde eram bombeados milhares de litros de petroleo (ou coisa semelhante) a cada hora.
A tal da troca de fluidos comentada, é nada mais nada menos do que a transferência de petroleo entre os navios, opção adotada quando o terminal se encontra congestionado, o que não sabemos informar, ou mesmo para diminuir os custos de operação, manobra, atracação e estadia. Sabemos, porém que esta prática resulta em um alto risco ambiental, e que qualquer acidente resultara em uma enorme perda para toda a região, algo que ninguém deseja.

Cenas como esta, me trouxeram à memoria que em 1979, no porto de Kakogawa, acompanhei surpreso o envolvimento do navio Japurá, da mesma Petrobras, com 273 metros de comprimento e 45 metros de largura, por um cordão de boias de contenção, algo que já se utilizava no Japão naquela época, e que ainda hoje não se utiliza por aqui. O supreentente é que o Japurá estava carregado de minerio de ferro e não petroleo, e o cordão era para reter qualquer espécie de vazamento originado pelo navio, e não um possivel acidente de bombeamento.
Se considera isto tudo natural, pense em dois caminhões-tanque de gasolina: um cheio, parado no calçadão e outro vazio, em desnível, na areia da Praia de Copacabana, um passando o conteudo inflamavel e poluente de seu tanque para o outro, agora me diga se não é uma temeridade este tipo de manobra.

Parece que continuamos acreditando que somos naturalmente abençoados por Deus, e não precisamos de nos preocupar com a segurança, e que já nos esquecemos de outras tragédias ambientais, como as causadas pelas chuvas nos dois ultimos finais de ano, entre outras. Pergunto, até quando iremos contar apenas com a sorte, visto que o bom senso não é, nem nunca foi o nosso forte?


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Aquaviarios Ainda que Tardios

Acompanho um Grupo de Discussão, voltado aos Capitães Profissionais do Iatismo, e que costuma ficar inflamado quando o assunto é conseguir Formação Profissional Aquaviaria.

Alguns reclamam a falta de oportunidade que existe no Brasil, pois há uma restrição de idade, e pessoas que despertem para esta vocação tardiamente, já encontram as portas fechadas. Ao contrario de algumas marinhas do mundo, até mais tradicionais que as nossas, é possivel galgar ao oficialato (não resisti utilizar esta expressão) mesmo partindo de Moço ou Marinheiro de Convés, algo impossível por aqui. Voce obrigatoriamente teria de realizar um curso em uma das EFOMM (Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante), cuja idade limite é de 23 anos, algo que vem sendo combatido - sem sucesso - pelo Ministerio Publico Federal. Com a falta de mão de obra neste mercado, algumas regras até foram abrandadas, e muitos conseguem cartas de MAC e até de Moço de Convés sem ter realizado os cursos regulares nas Escolas de Aprendizes de Marinheiros, como era no passado, porém subir nesta profissão não é nada facil, e o serviço no convés e nas máquinas continua sendo bastante arduo e até certo ponto perigoso.

Aqui, a Marinha ainda não reconhece formalmente os Iatistas Profissionais, apesar da profissão de “Marinheiro de Esporte e Recreio” (dizem) já existir no Ministerio do Trabalho. A meu ver, é uma denominação um tanto quanto infeliz, pois restringe as atividades da categoria, a um nível considerado pela propria Marinha, como subalterno e atividades como Chefes de Máquinas e Cozinheiro, ficariam orfãs. A pedido da antiga Associação dos Marinheiros no Guarujá, reunimos um grupo de trabalho e desenvolvemos uma proposta de regulamentação da categoria (em anexo), formatada aos moldes da DPC, mas o Oficial da Reserva da Marinha, que seria nosso elo de ligação com a Diretoria de Portos e Costas, não demonstrou interesse pela causa, e acabou literalmente encalhando o projeto...

Para a Marinha, temos de concordar, é um vespeiro! Esta nova categoria, talvez tenha de ser aprovada pelo Congresso para poder ser regulamentada pela DPC, outro aspecto são as relações entre os Proprietarios dos Iates e seus Capitães e Tripulantes, que vivem num verdadeiro pantano legislativo, onde cada barco é um Iatismo diferente, parafraseado de uma tradição Mercante que diz que “Cada navio é uma Marinha Mercante”. Talvez esteja nesta mesma frase uma saida para o problema, os navios antigamente eram do jeito que seus Comandantes os faziam funcionar, com regras proprias e forte componente do temperamento destes “Velhos Lobos do Mar”, porém após as Convenções e padronização dos procedimentos, as Marinhas do mundo tiveram de passar a seguir regulamentos internacionais e esta marca administrativa pessoal quase não mais existe.

Acredito que se a nossa Marinha adotar os padrões internacionais, como MCA, criados para regulamentar e fiscalizar as atividades dos Iates de Charter e os profissionais dedicados ao Iatismo de forma geral, não teria de recriar a roda, passando a adotar uma legislação já existente e testada. Sabemos que as Operadoras internacionais de Charter estão evitando vir para o nosso litoral, por vários motivos que já conhecemos e convivemos, mas a falta de legislação e seu envolvimento em um possivel embroglio juridico-trabalhista é uma delas. Outras dificuldades seriam a falta de infraestrutura nauti-portuaria, manutenção, serviços, energia, a inexistência do Cruising-Permit, o dificil combustível, assim como a quase inexistência de mão de obra apropriada.

Mas isto é assunto para outro dia.

Bons Ventos!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Curta Travessia Curta

Para fins de preparação, acredito que não exista travessia pequena ou grande, pois os cuidados precisam ser os mesmos, o que vai variar é a quantidade de cada “ingrediente”, mas não sua variedade.

Recentemente, surgiu a necessidade de organizar uma viagem de Angra para Búzios, com escala no Rio de Janeiro. Com mais de uma semana de antecedência, começamos a acompanhar a evolução de tempo, que na Primavera é sempre temperamental, com frentes e ciclones surgindo aos pares por semana.

Levantamos a distância, a previsão de estadia e calculamos o diesel necessário e ir e vir com 30% de margem de segurança e somamos as horas necessárias de gerador, adicionando a este total uma pequena margem de segurança. Como nossa reserva ficaria no limite, finda a viagem, preferimos abastecer antes da partida, com o diesel necessário a se realizar a viagem redonda (ida e volta) e ainda sobrar o necessário para manter nossa estabilidade e a programação dos próximos finais de semana.

Negociamos com o posto, marcando dia e hora para abastecer, pois grandes quantidades precisam ser encomendadas, a fim de não embarcar o fundo do tanque, como acontece vez por outra.

Checando o Quadro de Horas, notamos que haveria necessidade de realizar a troca de lubrificante e filtros em ambos os geradores, logo no segundo dia de viagem, portanto além do lubrificante de reserva dos motores, haveria a troca já citada, porém dentro de nossa reserva de sobressalentes existente.

Como a programação era de embarcar os passageiros no Rio, aproveitamos para além de reforçar a geladeira com perecíveis e a despensa com alguns itens difíceis de encontrar no mercado de Angra, realizar um atendimento técnico para reparo de alguns equipamentos. Portanto, viemos um dia antes da escala programada e fundeamos em um local que permitisse o embarque dos técnicos, e que ainda facilitasse as possíveis provas de mar, necessárias a calibragem de alguns eletrônicos.

Largamos de Angra, com uma frente fria no Paraná, porém o tempo já dava sinais de mudança, e após uma parada para limpeza de eixos e hélices, partimos com o céu ameaçador, porém com mar e ventos fracos. Programamos o AIS com a chegada prevista para as 22h00 e seguimos adiante.

A viagem foi tranqüila e mantivemos uma boa marcha, mesmo rebocando nosso bote de apoio de 3 toneladas pela popa. Explico que, além de um bote de 15 pés, que levamos na coberta superior ao lado do Jet, levamos a reboque um bote de 26 pés com dois motores diesel de 170 HP. Como cuidados extras, o bote possui uma estrobo para sinalização do reboque noturno, e ainda um AIS de Classe B, se caso nosso cabo de reboque reforçado com Spectra venha a partir, estes acessórios permitirão (espero), que localizemos o bote na escuridão.

Próximo das Ilhas Tijucas, o tempo fechou, a visibilidade foi prejudicada, com muita chuva e relâmpagos caindo do céu. Como sempre acontece nestes momentos, vários barcos resolveram cruzar pelo nosso caminho, dando uma certa adrenalina em nossa chegada. Mais tarde, após a Ponta do Arpoador, a chuva parou e não cruzamos com nenhum outro barco até as 22h00, quando fundeamos na Baia da Guanabara.

No dia seguinte, realizamos o atendimento de reparo de eletrônicos e durante a noite, partimos para Búzios, realizando um fundeio na Enseada do Forno, Arraial do Cabo, para um Café da Manhã especial e uma pequena exploração no local. Mais tarde, seguimos rumo a Búzios, com um Sudeste fraco e um belo dia de sol.

A estadia em Búzios foi dentro do previsto: sol na chegada, mais o vento forte e o balanço que já são tradicionais do local. Infelizmente, a previsão do tempo se confirmou e a chuva, originaria da Zona de Convergência de Umidade que vem da Amazônia, frustrou os banhos de sol, e passamos a dedicar nossa programação à velha e boa gastronomia! Refugio das almas carentes e apetites insatisfeitos...

Em três dias, servimos dezenas de refeições e não registramos nenhum amotinado, fazendo refeições em terra! Um sucesso de público!

Na viagem de volta, tudo correu bem e o apurado controle de funcionamento de motores e geradores, permitiu que registrássemos um aumento no consumo de combustível, de históricos 87 litros/hora, para 94 litros/hora, devido ao reboque do já comentado bote. Com isto, nossa Autonomia em travessia cai para menos de 1.800 Milhas Náuticas,  o que não mais nos permitirá realizar grandes passagens, do tipo Cabo Verde a Salvador, sem escalas, como desejado e já realizado anteriormente.

Confirmando, uma travessia curta é o modelo de uma longa, o que varia é a duração.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Vendo de fora!

Fantastica material sobre o Mercado nautico brasileiro, foi publicada pela edição de Setembro de 2011, na revista ShowBoats International, assinada por Shaw McCutcheon, jornalista experiente e um dos mais famosos fotografos especializados em nautica dos Estados Unidos.

Na materia intitulada “All Eyes on Brazil”, ele comenta sobre nossas principais caracteristicas, dentre elas: a desconcertante voracidade de nosso governo que ao mesmo tempo em que protege nossos estaleiros, quer seja vetando a importação de barcos usados, quer seja cobrando praticamente 100% de impostos de importação nas embarcações novas, também impede o crescimento da industria nautica de forma geral, ao taxar motores, geradores, materias primas, equipamentos, tintas e outros componentes necessários a se produzir barcos em condições de competir com outros produtos no mercado internacional.
Neste verdadeiro giro pelo pais, ele comenta sobre os produtos oferecidos pelos nossos principais estaleiros, de Santa Catarina ao Ceará, e sua capacidade de produção. Infelizmente, ele também comenta sobre nossa pobre infraestrutura de terra e, com nossas raras marinas e mal equipadas, porém, como não poderia deixar de ser, falou também da mão de obra coo comentado logo abaixo.

Passando incólume pelos perigos de se perder entre nossas inóspitas belezas naturais, comentou sobre nosso melhor trecho de navegação, a chamada por nós de Costa Verde entre Santos e Rio, visto que a revista é dirigida a Superyachts e não ao pessoal do surf. Bem sabemos que nosso litoral é melhor aproveitado por quem vai a praia a pé, e não de barco. Ele surpreendeu pela sua visão, comentando sobre o interesse dos estaleiros estrangeiros em operar no pais, como Ferretti e Azimut, para citar apenas alguns dos italianos que já estão por aqui
Sobre o incipiente Charter, ele comenta sobre a cultura exclusivista dos proprietarios brasileiros, que não admitem que ninguém utilize seu barco, cá entre nós é como um livro ou na visão machista, como uma mulher: não se empresta, não se aluga e não se vende! Outro impedimento, é que nossas tripulações são insipientes (com "s"), quase ignorantes em materia do alto padrão de atendimento exigido, ou seja, não tem o padrão de treinamento necessario a este tipo de operação, baseada no luxo do luxo, o que sou obrigado a concordar, mas isto é assunto para outro dia...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Dragando a Crise Financeira

Foi publicado pelo TheCrewReport, que na Florida estao lançando a primeira de três fases de um projeto, que devera nivelar o fundo de vários canais de acessos aos Estaleiros da area de Dania e Fort Lauderdale, cuja profundidade hoje varia entre 2 e 4 metros, e alcançara varridos 4,6 metros, o necessario a atender a demanda dos SuperYachts que recorrem àquela area para reparos e outros serviços. Dando condições de desenvolver ainda mais a industria local, voltada para este mercado.

A primeira fase, que agora se inicia, ira aprofundar o Dania Cut Off que permite o acesso ao tradicional estaleiro Derecktor entre outros, e deve estar finalizada até Setembro de 2012. A segunda area a ser dragada será a porção Norte da Intercoastal Waterway, ao Norte de Port Everglades, e comecara após o Fort Lauderdale Boat Show de 2012, já a fase final subira o New River, contemplando os braços Sul e Norte (South and North Fork), e permitirá um acesso mais seguro ao LMC – Lauderdale Marine Center e outras marinas e estaleiros na região.
Enquanto isto, nas águas tupiniquins, as autoridades de acotovelam para criar impedimentos a obras quaisquer, e nosso imenso litoral que quase não conta com desembocaduras navegáveis, devido à imensa erosão e assoreamento, fica refém da burocracia quando o assunto é dragagem. É fato que uma de nossas poucas marinas descentes em Angra, foi assoreada no verão de dois anos atras, devido ao rompimento de uma obra de recuperação em uma estrada federal, para retirar a areia e lama “exoticas”, que praticamente fecharam seu acesso na baixamar, tiveram de cumprir a um calvário de exigências, que quase impediu todo o processo. Ao que parece o desenvolvimento é coisa a ser combatida com todas as forças! A continuar desta forma, será necessário mais um movimento social no Brasil, o dos “Sem Tanga”, pois vai faltar pena pra todo mundo!

domingo, 6 de novembro de 2011

Trocando Oceanos

Deveria comentar somente assuntos voltados a navegação e ao iatismo, porém acabei de fazer uma compra no Carrefour, e adquiri um filé de Salmão classificado como Atlântico. Quando já ia me retirando, perguntei ao peixeiro sobre a origem no mesmo, se seria Norte Americano, do Canada ou até da distante Escocia, cujo salmão esta entre os melhores do mercado mundial, como resposta obtive um simples... Chile?!!!
Pergunto, que geografia é esta? O Chile teria mudado de oceano? Poderia jurar que se trata de salmão criado em cativeiro, na costa Pacifica da América Latina, ou a fazenda que os engorda se chama Atlântico?!! Resultado: se podemos grelhar trutas salmonadas, alimentadas com sementes de curcuma, e achar isto legal, porque não um salmão chileno da costa atlântica, a não ser que estejam produzindo estes peixes na porção chilena de Beagle, no sul do cone sul e mais para o Oceano Austral do que para o Atlântico, quem souber que o diga!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Do Composto a Madeira!

Comecei nesta vida faz um bocadinho de tempo, desde quando fibra de vidro era quase novidade... parece muito, mas até a década de 1970 quase barco algum era feito deste tipo de material.

Minhas primeiras experiências profissionais variaram da madeira tradicional ao Airex®, o precursor dos materiais compostos atuais. Assim que sai da Escola de Oficiais da marinha Mercante, fui trabalhar numa empresa (já fechada) chamada Frota Oceânica Brasileira, quando o Boom da construção naval do Brasil começava a dar sinais que iria declinar. Naquela época construíam navios em grande quantidade, quase que a esmo, foram muitos os casos de navios graneleiros entregues a empresas que somente operavam carga geral, e por ai adiante!

Fui convidado a Imediatar um iate, que estava sendo construído em Santa Catarina, o Fabíola, projeto do Norte-Americano, de origem grega, Tom Fexas. Era um barco extremamente revolucionário para a época, tanto que trinta anos depois, ressurgiu das cinzas e se tornou um dos barcos mais elegantes dos anos 2011!

O casco foi montado em um galpão, na beira do rio que liga Joinville a Baia da Babitonga, um local esquecido pelo tempo e ainda desconhecido dos ecologistas naquela época. A obra tocada por um descendente de alemães chamado Arno, teve momentos épicos, alguns felizes e outros nem tanto. O citado Arno, era uma pessoa muitíssimo capaz, obstinada, teimosa, meticulosa, detalhista e extremamente detalhista, com isto a construção do barco demorou o dobro do que deveria e custou umas três vezes além do esperado, ou viável para tornar aquele projeto comercialmente possível, pois a proposta (ou desculpa) era produzi-lo em serie.

Foi feito um plug, depois revestiram o mesmo de sarrafos de madeira e o recobriram de plástico. Feito isto modelaram a quente, as placas de Airex® e aplicaram sobre o casco já revestido um farta camada de resina plástica, depois laminando mantas e tecidos de fibra de vidro em quantidade. Feito isto, reforçaram a estrutura do galpão, criaram um enorme sistema de força e viraram o plug, para que o casco fosse colocado na forma que permitisse desmontar a estrutura interna de madeira, e laminassem tudo internamente, para só depois poderem montar o barco, propriamente dito.

Infelizmente, não há como contar uma historia de alguns anos em poucas linhas, mas fica uma idéia da saga de alguns homens, calcada no capital de outros mais bem nascidos, e que levaram a mais uma pagina inacabada na industria náutica de nosso pais.

Passei um ano na cidade, morando em hotéis e engordando com a farta comida catarinense, depois que deixei o Estaleiro Hansen, pertencente ao mesmo grupo da Tubos Tigre, embarquei na função de Navegador, em um veleiro de quase 40 anos, construído em madeira, que comentarei em minha próxima memória.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Navegando com o Iate Gattina

Ola Pessoal!
Pretendo comentar aqui as minhas viagens a bordo do Iate/Motor Gattina, uma MCP 93, de bandeira brasileira.
Com este barco de 100 toneladas, já estivemos duas vezes no Mediterraneo, uma no Caribe, Bahamas e Florida, e várias vezes na Bahia e Fernando de Noronha, tendo partido sempre de Angra dos Reis, onde temos uma base.
Agora que começo a relatar nossas travessias, verifico que já temos somadas em nosso log cerca de 32.000 Milhas Nauticas singradas, e muitas outras por vir.
Aqui irei detalhar a preparação de nossas próximas viagens, que devem acontecer entre Florianópolis e Salvador nos próximos meses, além de uma grande viagem que deverá acontecer no final de 2012, onde iremos circular por varias ilhas do Caribe e Bahamas, seguindo depois para a Croacia, Grecia, Turquia e outros portos do Velho Mundo.
Bons Ventos!
Alvaro Otranto Chagas