Acertei os valores devidos na secretaria do clube, e me despedi de algumas pessoas, velhas conhecidas que trabalham na área.
Infelizmente, o tempo demorou a limpar, e choveu em pancadas até perto das 11h00, quando largamos os cabos e seguimos viagem, rumo as bandas de Florianópolis.Pretendiamos dar uma parada em Bombas e Bombinhas, mas o vento de Nordeste, mais fresco do que o desejado fez com que seguissemos diretamente a praia de Zimbros. Devido à intensidade e direção do vento, acabamos fundeando na parte Norte da praia, próximo a uma criação de ostras e mexilhões.
Sábado de Carnaval, nada melhor que uma feijoada completa no almoço, por consequência, a janta foi apenas de chá com torradas.O vento foi crescendo, ultrapassando os 25 nós nas rajadas, e com nosso cabeceio vieram os trancos na amarra, com seguidos trancos à proa, como é normal nestas circunstâncias.
Pretendiamos manter nossos tanques de água bem cheios, mas a imensa quantidade de pequenas águas-vivas entupiu seguidamente os filtros de nosso dessalinizador. Com treze pessoas a bordo o consumo era grande, e mantivemos a atenção sobre a produção, ou teríamos de retornar a Porto Belo, caso a água doce viesse a faltar, algo totalmente indesejado.Registramos nesta rápida estadia, a única avaria mais grave de nossa viagem, uma das baterias de alimentação dos equipamentos eletrônicos do comando, explodiu, emanando aquele cheiro de acido sulfurico pelo barco, felizmente não houve sequelas, e nosso Chemaq isolou a fiação, sem perdas operacionais.
O vento seguiu pelo dia todo, caindo no meio da noite, mas não de todo.
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