terça-feira, 2 de julho de 2013

Terça, 05 de Fevereiro de 2013


Pra lá do Caixa-Pregos!

Apesar do vento constante, durante a noite a calma foi se instalando, e pela manhã nossa manobra foi bem tranqüila. Eram 08h35 quando suspendemos a amarra, e seguimos 15 milhas em direção ao Sul, pela parte de dentro da Ilha de Sta. Cruz, conhecida por Canal de Itaparica.

Durante o percurso, entrei em contato com um amigo, o Hélio Magalhães, autor dos Guias Náutica da Bahia, que normalmente utilizamos em nossas viagens, e ele me confirmou que haveria bastante espaço sob o vão central da Ponte do Funil, num local conhecido por Pantanal Bahiano, e onde pretendia passar com o barco.

Assim que passamos o Tororó, reduzi máquinas, paramos e largamos o bote Verde&Rosa que iria fotografar nossa aventurosa passagem sob a ponte. Depois que ele já estava posicionado, demos maquina e bem devagar passamos pela ponte. Por brincadeira, e para quebrar a tensão das pessoas, dei um toque rápido no apito, que confesso assustou muita gente, mas fez parte da emoção da passagem, que nem é tão estreita quanto imaginava, e bem poderia ter feito este passeio, das outras vezes que ali perto estivemos.

As 10h32 largamos a âncora em frente a um vilarejo, chamado Catu. Um pedaço de paraíso na terra da Bahia! Uma franja de areias brancas, cercada no lado de terra por uma parede de coqueiros e mangueiras centenárias, além de outras árvores frondosas. Do lado do mar, água calma e transparente, pois em contraste ao Rio Paraguaçu, ali estávamos a poucos metros da entrada da Barra Sul, próxima a Cacha-Prego.

A brisa de Nordeste soprava acima dos 20 nós, portanto largamos 25 metros de amarra, apesar dos quatro de profundidade. Nosso log registrava 892 milhas, desde Angra.

Pouco antes do meio-dia, conseguimos organizar um passeio a Jaguaripe, uma cidade do tempo do império, onde as caravelas portugueses carregavam dendê, piaçava e  côco nos idos de 1613. O barco grande ficou em Catu, e foram todos de bote, sob calor intenso, o que encurtou o passeio guiado pelo Sr. Brandão, um prático local.

Seguindo mais uma indicação do Helinho, foram almoçar no Restaurante de Dna. Almerinda, onde ela serve uma das melhores moquecas da Bahia, a conhecida Moqueca de Siri Bóia, entre outras delicias.

Avaria: tentei trazer o técnico “Peruano” para checar nosso gerador, mas apesar de combinar o local e horário, o estou aguardando até hoje...

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