segunda-feira, 5 de março de 2012

Às Vésperas da Partida

Nos próximos dias, e por cerca de duas semanas, devo publicar uma sequência de textos, relativa a um Cruzeiro de Angra dos Reis, a Florianópolis, com escalas em Paranaguá e outros portos do Sul.
É importante saber que, nossa programação de viagem foi confirmada com alguns poucos dias de prazo para seus preparativos finais, e que a autorização de partida, foi dada apenas um dia antes de largarmos os cabos, portanto nossa preparação é, por via de regra, permanente.
Com uma antecedência de quinze dias, sabendo que uma viagem estava por vir, conseguinos adquirir todos os filtros necessarios para as revisões dos geradores e dos motores principais. Com uma semana de antecedencia da provável (e depois confirmada) data de partida, conseguimos os lubrificantes necessarios, cerca de seis baldes de 20 litros de lubrificante para motores diesel, 15W40. Agendamos o abastecimento, que às vezes depende de encomenda antecipada no nosso caso, e tratamos o deposito para confirmá-lo.
Levantamos a lista de compras, que fizemos em três etapas: uma apenas de aguas minerais, refrigerantes e cervejas. Outra de material de limpeza, em um fornecedor mais distante e de melhor preço, e a terceira e última, de alimentos secos e congelados, pães e perecíveis, cuja complementação seria feita apenas no porto de Paranaguá, onde iriam embarcar os convidados, portanto teriamos de consegui-los bem frescos, e programar uma chegada com tempo habil para preparar o barco e a geladeira.
No dia anterior a partida, fizemos uma revisão antecipada do bote de apoio, um inflavel de 26 pés, com dois motores de centro-rabeta a diesel, e fizemos as compras. Como sempre, algo acontece de última hora e nosso tripulante-extra, chamado carinhosamente de “Quinto-Elemento”, deu cano e tivemos de tratar outro, em que já confiamos. Por fim, a Adega, recém abastecida apresentou mau funcionamento, e faltando uma hora para o fim do expediente, conseguimos que um tecnico fizesse uma recarga de gas, e tudo voltou ao normal.
O Gattina estava novamente pronto para partir, com mais de sete anos de operação e uma contagem de milhas superior a 34 mil, mais uma viagem estava por acontecer.
Verificamos a previsão do tempo em três fontes diferentes, a U-Grib, o CPETEC e a DHN, com todas favoraveis. Checamos a maré de partida, e baixamos a Tabua de Marés de Paranaguá, a fim de acertar nossa chegada. Decidimos realizar uma parada em Ilhabela, a fim de acertar o ETA.
Devido à distância, e o desejo de chegar com a luz do dia, teríamos de pernoitar em Ilhabela, partindo no dia seguinte, pela manhã, para singrar as 200 MN em 24 horas na nossa media, sem precisar mexer na marcha, estimada em 8.3 nós.

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