terça-feira, 13 de março de 2012

Chegada a Paranaguá, 09/02/2012

Terceiro-dia de Viagem

Durante a noite, cruzamos com alguns barcos de pesca, e por volta das 02h00 tivemos de desviar de uma area cheia de redes de superficie, sinalizadas por um barco pesqueiro com um facho de luz bastante forte, além de avisos pelo VHF e luzies do tipo estrobo, instaladas nas balizas da propria rede. Com isto, um navio estrangeiro que vinha na direção oposta, achou por bem mudar de rumo, a fim de se afastar daquela area, e acabou vindo para cima do nosso rumo, e tudo foi emoção por alguns minutos!
As 03h00 reduzimos em 200 RPM nossa rotação, a fim de chegarmos ao amanhecer, pois dividir um canal com grandes graneleiros, contra a maré e ainda no escuro, ficaria ruim, para o nosso lado. Com o mar totalmente liso, faziamos uma boa media.

Com horas de antecedência, pudemos acompanhar o movimento de navios nas proximidades da Barra de Paranaguá, através de um computador e do programa Nasareth, que acoplado ao AIS, permite observa-los em detalhes e a grande distância. Identificamos apenas dois navios descendo o Canal, mas nenhum em manobra para entrar.

Conforme nos aproximamos, mudei nosso ponto de entrada no Canal, para o intervalo entre o segundo e o terceiro par de boias do Canal, visto que nosso calado o permite.
As 06h38 estavamos no través das boias, e como já havia a claridade necessária a navegar com segurança, nos permitindo observar tudo a nossa volta, colocamos nossa proa para a Ilha do Mel, numa chegada mais do que pontual.

As 07h30 deixamos o canal Principal, e entramos pela Ponta do Poço. As 08h30 com a maré ainda vazando, fundeamos nas proximidades da Ponta da Cotinga, onde fica a sub-sede do Iate Clube de Paranaguá. Nossa pernada, de 209 MN foi realizada em 25,5 horas, numa media de 8.2 nós, contando as manobras de suspender e fundear, e ainda o período que navegamos em marcha reduzida, uma media mais do que excelente!
Logo que chegamos, fiz contato com o Iate Clube, que nos identificando como barco associado ao Iate Clube do Rio de Janeiro, franqueou-nos o acesso. Mais tarde, trouxemos nosso barco de apoio, o V&R para ser lavado no cais da Palangana, o posto de um amigo ao lado do clube. Porém ao amarrar o barco no canto do flutuante, o Adenilson nosso homem de convés, escorregou na lama formada pela mistura de sal, fuligem e agua que cobria o bote, e ao cair bateu as costelas, nos deixando em atenção, pois a pancada foi forte.

Durante o dia, tratamos de arrumar e preparar o barco para a chegada de nossos passageiros, deixando para descançar à noite.
Como previsto, o céu permaneceu carregado o dia todo, e no final da tarde caiu um verdadeiro diluvio, com uma grande quantidade de raios e ventos de até 25 nós, vindos de Sudoeste. O que não chegou a preocupar, pois a tensa (qualidade do fundo) naquele local é excelente, e permanecemos firmes em nossa âncora.

Choveu a noite toda, e aproveitamos para recuperar o sono perdido da noite anterior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário